Minha vida, em sua forma mais primitiva e biológica, não está apenas nas linhas que delimitam meu corpo, nem nas da minha alma, nem do meu espírito. Minha vida é exatamente tudo aquilo sem o qual eu não poderia viver. Nisso se incluem todas as pessoas que, estando perto ou longe, dão sentido a minha vida. Essas pessoas são grande parte do motivo pelo qual eu continuo vivendo até hoje. Necessito também de mim mesma, certamente, para poder entender e sentir todas essas coisas que me fazem continuar vivendo, que fazem a minha vida. Então, eu não posso dizer que as pessoas que eu amo fazem parte da minha vida, pois elas são a minha vida. Têm tanta importância quanto qualquer outro pedaço dela. Cuidando de todos eles, eu sei que estou cuidando de mim também, cuidando de uma parte da minha vida que é tão vital quanto meus pulmões, meu cérebro e meu coração. Sei que, assim como meus órgãos vitais, eles, tampouco, irão durar para sempre. Mas acho que faz parte da nossa existência aprender a lhe dar com a perda de algo tão importante, aprender a viver sem uma parte de você. Mas enquanto eu ainda não tive que me deparar com essa sensação, sigo cuidando. Cuidando da minha vida como um todo, pra que nenhuma de suas partes se machuque.
Um comentário:
Cara... que lindo! Parabéns mesmo pelo texto. Perfeito, muito bem escrito e ilustra plenamente as emoções que todo o ser humano deve viver, colocar em prática. Digo isso, pois senti esta sensação há pouco e aprendi a lidar com ela (ou pelo menos uma parcela do meu existir aprendeu...)
o livro escrevi a parte mesmo, uma teoria, por minha visão de mundo e sugestões que vêem na consciência, em prol da melhora moral do mundo... só assim, pode haver a melhora da Terra.
=***
fica com deus
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